terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Mão do Homem


Foto: Ronaldo Júnior

Como a ponta de um destino, cravado de desatino, aponto-te o dedo e inquiro: quem és? Tu que do plácido semblante desfilas ao dia e te escondes à noite, mormente observa tua prole sem nome e da fúria desperta intempérico e insone. Com pompa e ousadia te aponto um desafio, da desordem que ordenas, quem que digas do teu nome e tua morada infinita, a razão disso tudo, que propósito habita, o final desta dita... vida, vida desdita. Mais ainda te digo, com meu dedo estendido, que não calo nem temo tua ira incendida, pois já tarde me leva desta árida quimera a que chamam de vida. Porém não parto sem antes, de riste em tua fronte, te dizer que minhas lágrimas, são mais do que ontem. Mas tua face aborrecida não me dá mais que o nada, e o silencio de tua dita é o que calca minha estrada. Pois assim eu prossigo já sem o dedo apontar, que o saiba quem o guarde eu já não posso guardar.

2 comentários:

Nathalya Buracoff disse...

AHuahu não é a mão do Homem, é a do Patric!!! HAuUAhua

Bela rima!
Bjs

Anderson Patric disse...

Essa mão é minha !!!! (Direitos autorais) ahahaha ... muito bom!